Lendo o texto: Organização Curricular da Escola e Avaliação da Aprendizagem, o Regimento da escola e relendo o nosso PPP, acabei refletindo um pouco mais sobre a educação e o meu papel como educadora. Confesso que tenho estado um pouco confusa e preocupada. Tenho plena consciência da necessidade de considerarmos o nosso aluno, como alguém repleto de experiências e saberes, que devem ser valorizados e aproveitados no processo de ensino-aprendizagem. Também sei que o conhecimento deve ser construído e não recebido. Porém, sinto que nós, professores, não estamos preparados pra tudo isso. E com o intuito de nos engajarmos nessa nova pedagogia, muitas vezes estamos “colocando os pés pelas mãos”. E por isso vemos por aí sérias críticas quanto à educação, mostrando analfabetos concluindo o ensino médio, como escrevem por aí. Isso foi apenas um desabafo, de alguém que está sentindo as estruturas balançarem.
O regimento da escola eu não havia lido ainda, pois até pensei que no PPP constava tudo e que o regimento havia sido abolido. Já o PPP, foi construído por nós, professoras, a supervisão e a direção da escola. O prazo pra sua construção estava se esgotando e trabalhamos duro para acabá-lo, eu ainda não entendia muito bem do que se tratava. Recebemos a cópia dos conteúdos a serem trabalhados, e os objetivos em se trabalhar cada um deles. Porém o restante do PPP eu não havia mais lido e acredito que as demais colegas, também não.
Quanto às concepções e normas relacionadas com as práticas de currículo, acredito que seria importante refazermos. Tendo em vista que a comunidade escolar deve participar da sua construção e que com o passar do tempo acabamos o esquecendo e deixando de lado. Falando, agora, sobre a avaliação, já me tranqüilizo, quanto ao que temos em nosso regimento e PPP e o que realmente lembramos e realizamos. Em nossa escola a avaliação é contínua, sendo que os alunos que estiverem tendo dificuldades, são acompanhados mais de perto pela professora e encaminhados para aulas de reforço. Não trabalhamos mais com notas e sim com pareceres descritivos. Porém, percebemos a dificuldade que nossos alunos tiveram diante da prova do SAERS, onde receberam muitas instruções, como não levantar, não perguntar, e acabaram preocupados e prejudicados por não serem habituados a esse tipo de avaliação.
O tema nos faz refletir e nos questionar, mas de que forma conscientizar e motivar os demais, quando já estão no fim da carreira, sem perspectivas, sonhos e vontade de esforçar-se um pouco mais?
Um comentário:
Oi Cris, muito legal essas tuas reflexões. Além de resgatares aspectos teóricos sobre o PPP fazes uma leitura crítica da organização da tua escola. Abração, Sibicca
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